[Liga Orangina][7j]LEIXÕES x Atletico

Diego Mourão, que tem sido o goleador de serviço do Leixões Sport Club na Taça de Portugal, como provam os golos decisivos frente ao Arouca e ao Aljustrelense, não esconde alguma ansiedade por ainda não ter facturado na Liga Orangina.

Projectando o regresso do campeonato, com um escaldante embate com o líder da classificação, o Atlético, o avançado brasileiro diz ao leixoessc.pt que o triunfo está na mente de todos os jogadores porque o objectivo é chegar ao topo da tabela.

LSC – Depois de Arouca, mais um golo decisivo na Taça. Para quando o primeiro golo na Liga Orangina?
Diego Mourão – Tenho trabalhado para isso. Mais cedo ou mais tarde, esse golo vai chegar. Para já, fico muito feliz por estar a ajudar a Equipa na Taça de Portugal com golos, porque essa é a missão de um atacante, mas não escondo que quero marcar golos na Liga, o que, infelizmente, ainda não aconteceu. Vamos a ver se isso acontece o mais rápido possível. Pode ser que seja já este sábado. Mas o que interessa é a Equipa e se ganharmos sem ser eu a marcar também fico contente.

LSC – Sábado, temos um jogo difícil com o Atlético, no Estádio do Mar. O que espera desse jogo?
DM – Espero uma vitória. Queremos chegar à liderança da classificação e isso só é possível vencendo a partida de sábado. Jogamos em casa, temos mais responsabilidade por isso, mas temos de mostrar a nossa superioridade em campo, até porque o adversário tem feito um bom campeonato e já deu provas de que não é fácil de bater.

LSC – É importante chegar ao topo da tabela?
DM – É. Ajuda sempre a elevar o moral. Mas significa pouco, uma vez que o campeonato ainda está na fase inicial. Vamos disputar este fim-de-semana apenas a sétima jornada. Ainda falta muito campeonato e há que ter calma. No entanto, não nego que estar à frente é sempre melhor do que estar em último.

LSC – O que temos de fazer para conquistar os três pontos frente ao Atlético?
DM – Temos de jogar muito concentrados e com grande empenho. Vai ser um daqueles jogos que pode ser decidido num detalhe, num canto ou num livre. Não podemos facilitar em momento algum, porque isso pode sair-nos caro. Sabemos que, em Matosinhos, as Equipas jogam sempre mais fechadas, dificultando a nossa tarefa, pelo que temos de ser pacientes e saber procurar a nossa oportunidade.

LSC – Até que ponto o nosso público pode ajudar?
DM – Os adeptos ajudam sempre qualquer equipa. E os do Leixões sabem fazer isso muito bem. Estão sempre lá na bancada do nosso lado o que é bom para os jogadores, porque o carinho que eles transmitem é sempre importante. No sábado à tarde, tenho a certeza que vamos ser muito apoiados. Mas também peço alguma paciência aos nossos adeptos, pois a nossa Equipa tem muitos jovens que precisam de muito apoio e compreensão, em especial quando o jogo não está a correr tão bem. Há que ter noção que há outras equipas com maiores responsabilidades do que o Leixões nesta competição, o que não quer dizer que nós não tenhamos as nossas possibilidades nem lutemos pelas vitórias. Bem pelo contrário. Nós damos sempre o máximo e procuramos vencer todos os jogos. No Leixões é sempre assim e no sábado também vai ser assim.

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Declarações de Litos, treinador do Leixões Sport Club, ao leixoessc.pt na antevisão do jogo com o Atlético.

LSC – Sábado, o Leixões tem um jogo importante frente ao comandante da Liga Orangina. Uma vitória da nossa Equipa coloca-nos no primeiro lugar da classificação, algo que já não se verifica há algum tempo. Como está o balneário a encarar a recepção ao Atlético?
Litos – Está a encarar bem. Para nós é mais um jogo que queremos vencer, independentemente de podermos chegar ao primeiro lugar da classificação, posição que pouco significa num campeonato que vai apenas para a sétima jornada. O jogo com o Atlético é importante para nós, não só pela classificação, mas também pelo infortúnio que se abateu esta semana sobre um elemento do grupo. Este grupo é unido, sente os problemas uns dos outros como se de família se tratasse e o nosso grande objectivo neste momento passa por ajudar o Luís a recuperar animicamente o mais rápido que for possível, sabendo que a perda que ele sofreu é muito difícil de ser colmatada. Mas, com a ajuda de todos, ele vai ultrapassar este duro momento e prosseguir em frente. É neste momentos da vida em que temos de encontrar forças onde achamos que elas não existem. Todos juntos vamos fazer com que isso suceda com o Luís.

LSC – Caso consigamos a tão deseja vitória, a dedicatória já tem um destinatário…
L – O grupo sabe o que significa uma vitória no jogo de sábado, em especial para o Luís, mas não vamos misturar as situações, porque o nosso objectivo passa sempre por lutar pelas vitórias. É isso que vamos fazer, sem ansiedade e com o empenho e a garra do costume.

LSC – O facto de virmos de um apuramento para a 4.ª eliminatória da Taça e Portugal pode ajudar a Equipa em termos motivacionais?
L – Quando se vem de uma vitória há sempre a motivação de lhe dar sequência. Mas o jogo da Taça já passou. Cumprimos a nossa missão de eliminar um adversário de um escalão inferior e agora só pensamos nessa prova na segunda-feira, quando se realiza o sorteio da próxima ronda, e depois em meados de Novembro quando for o jogo.

LSC – Sábado vão defrontar-se os dois primeiros da classificação, algo em que, no início da época, poucos apostavam. Como analisa este facto?
L – Atlético e Leixões estão nos dois primeiros lugares da classificação fruto do trabalho que têm desenvolvido, mas isso não basta para esconder a realidade. Continuamos a ser, tal como Atlético, uma das equipas com um dos orçamentos mais baixos da competição. No nosso caso, temos o orçamento mais baixo das últimas dez épocas. Nunca é de mais repetir isto, porque esta equipa foi construída com muita prata da casa e com jogadores provenientes de escalões inferiores, pelo que precisa de um ambiente calmo em seu redor para continuar na senda dos bons resultados. Isto não invalida que a nossa responsabilidade em cada jogo diminua, porque o Leixões quando entra em campo é sempre para tentar vencer, mas convém sublinhar que há muitas outras equipas na Liga Orangina com maiores responsabilidades sobre os ombros, face àquilo que investiram para esta temporada. Nós vamos fazendo o nosso trabalho e aproveitando as oportunidades, mas é bom que os nossos adeptos não criem muita pressão sobre os jogadores pelo facto de andarmos nos primeiros lugares. Não quero que a Equipa se sinta pressionada, porque isso, por norma, não dá bom resultado. Não me canso de repetir isto porque é essencial para a estabilidade do grupo. Ninguém se pode deslumbrar, seja dentro ou fora do campo. O campeonato ainda nem a um terço chegou. O cenário ideal passa por os adeptos apoiarem bastante, terem muita paciência e acarinharem a Equipa, em especial nos momentos menos bons dos jogos. É isso que espero do nosso público no sábado.

LSC – Tem problemas na Equipa para a recepção ao Atlético?
L – Em princípio, terei os mesmos impedimentos do último jogo, excepção feita ao Fausto, que volta a estar disponível após um jogo de castigo. Há algumas limitações, em especial nos corredores. Basta ver que o Pedro Santos e o Hernâni, que se encontram lesionados, estavam num bom momento e a ser opções regulares na Equipa quando se magoaram, pelo que fui obrigado a ter outras opções. Felizmente, os jogadores que os renderam têm dado boa resposta e mantido a equipa em bom nível.

Waldson

Paulinho - Nuno Silva - Joel - Florent

Paulo Tavares

Jumisse - Capela

Feliciano - Diego Mourão - Fausto

Mantenho o meu 11 inicial com Paulinho em vez do jogador do Rio Ave e na frente do ataque o pequeno grande Feli, o Matador Mourão, e o infeliz do Fausto.

Frente a frente no Estádio do Mar estarão duas das equipas com os orçamentos mais reduzidos da Liga Orangina. No entanto, nem Leixões, nem Atlético deixaram que essa condicionante os impedisse de chegar aos lugares cimeiros da classificação sendo, até ao momento, casos exemplares de regularidade.

O jogo de hoje, em caso de vitória, permitirá ao Leixões alcançar o adversário na liderança da prova. Mas, se pelo contrário, for a formação alcantarense a vencer, ficará ainda mais isolada, aumentando para seis a diferença pontual para o segundo.

É com este cenário que o técnico leixonense, Litos, considera que, apesar dos resultados positivos e da hipótese de chegar ao primeiro posto, "ninguém se pode deslumbrar, seja dentro ou fora do campo", até porque "o campeonato ainda nem a um terço chegou". No entanto, Litos admite que ganhar hoje terá uma particular importância para o grupo de trabalho: "A equipa sabe o que significa uma vitória, em especial para Luís (Silva) - [n.d.r. devido ao súbito falecimento do pai] -, mas não vamos misturar as situações. O nosso objectivo passa sempre por lutar pelas vitórias e é isso que vamos fazer, sem ansiedade e com o empenho e a garra do costume".

Waldson; Nuno Silva, Fausto, Joel, e Florent; Luís Silva, Paulo Tavares, Feliciano e Capela; Tiago Costa e Jumisse
Outros convocados: Fonseca, Paulinho, Fangueiro, André Carvalho, Marcelo, Wesllem, Moisés e Diego Mourão

Caleb; Luís Dias, Vitor Bastos, Gonçalo Silva e Stephane; Laurindo, Silva, Leandro Pimenta; Bruno Carvalho, Tony Taylor e Tiago Caeiro
Outros convocados: Botelho, Filipe Ferreira, João Meira, Saramago, Rolão, Zezinho, Hugo Lopez e Ailton
Treinador João de Deus

O Atlético vai ter hoje que madrugar em dia de jogo, pois a partir das 7 da manhã já terá de estar a caminho do Porto. Para esta deslocação, João de Deus decidiu convocar João Meira (cuja suspensão foi levantada pela Liga), assim como Botelho, Laurindo e Bruno Carvalho, todos recuperados de lesões. O técnico elogia o Leixões mas confia na capacidade da sua equipa. "Conhecemos as virtudes e pontos fracos do Leixões, para mim a melhor equipa nas transições ofensivas. Tem um ataque veloz, uma defesa sólida e elementos perigosos nas bolas paradas. Mas temos as nossas armas para vencer", disse João de Deus.