Bruno Alves deverá substituir Cristiano Ronaldo como capitão da Selecção Nacional já a partir da fase de qualificação para o Euro'2012, que começa a 3 de Setembro, com a recepção a Chipre, em jogo que se irá disputar em Guimarães. O JOGO sabe que o comportamento do craque do Real Madrid durante o Mundial não
agradou nada aos responsáveis da Federação, Carlos Queiroz incluído, pelo que se prepara uma alteração no dono da braçadeira da equipa das quinas.
O defesa portista, apesar de não ser um dos futebolistas com mais internacionalizações no grupo, é o preferido devido ao seu forte carácter e personalidade. Todos reconhecem a Bruno Alves uma mentalidade de vencedor e também uma influência positiva sobre os restantes futebolistas. Além disso, é um dos habitual capitães do FC Porto há três épocas - no entanto, só este ano, com a saída de Nuno Espírito Santo do plantel, é que se tornou no primeiro dono da braçadeira dos azuis e brancos.
Na base desta alteração estão as dificuldades de relacionamento de Ronaldo com os diversos elementos ligados à equipa, tanto colegas de equipa como até pessoas do staff técnico e logístico. Além disso, as declarações do número 7 logo após a eliminação frente à Espanha, em que indicava aos jornalistas para pedirem a Carlos Queiroz que explicasse os motivos da derrota de Portugal nos oitavos-de-final da prova que decorre na
África do Sul, também caíram muito mal dentro do grupo. O próprio Tiago, ainda na zona mista, admitiu que Ronaldo "não quis falar por estar chateado", mas acrescentou que "se o capitão não fala, falamos nós". E falou mesmo, como quase todos os futebolistas portugueses.
Logo após a "explosão" de Ronaldo na zona mista, que não foi minimizada pelo esclarecimento que o próprio deu ao sítio oficial da Gestifute, empresa que o representa, começaram a chover críticas. O magriço António Simões, que esteve ao lado da equipa na África do Sul, lembrou imediatamente que "um capitão tem responsabilidades acrescidas e sempre que presta declarações tem de ser coerente e consentâneo com o seu estatuto".
Luís Figo, capitão de equipa no último Mundial, também fez questão de lembrar que um verdadeiro
líder "deve sempre defender o grupo". "Não me interessa o que o Cristiano Ronaldo faz, interessa-me a imagem da Selecção e aquilo que faz. Obviamente, os meus critérios do que um capitão deve ser podem ser diferentes dos de algumas pessoas, mas um capitão deve sempre defender o grupo. Sobretudo nos momentos mais difíceis, deve sempre dar a cara pelo grupo", sublinhou o expoente máximo da Geração de Ouro do futebol português.
"Um capitão tem responsabilidades acrescidas e sempre que presta declarações tem de ser coerente e
consentâneo com o seu estatuto"
António Simões, antigo internacional
"Os meus critérios do que é um capitão podem
ser diferentes dos de algumas pessoas, mas um capitão deve
sempre defender o grupo"
Luís Figo, ex-capitão da Selecção
Nono mundialista com mais partidas pela selecção
Bruno Alves está ainda longe dos jogadores com mais internacionalizações por Portugal, um dos critérios normalmente utilizados para atribuir a braçadeira de capitão. O jogador, de 28 anos, soma 35 jogos com a camisola das quinas, o que o coloca em nono lugar entre os futebolistas que estiveram no Mundial. A estreia ocorreu pela mão de Scolari, num encontro particular disputado no Kuwait, a 5 de Junho de 2007. Depois disso tornou-se assíduo nas convocatórias, assumindo-se como titular com Carlos Queiroz, que optou por colocar Pepe como médio-defensivo. Nas 35 internacionalizações, Bruno Alves apontou cinco golos, alguns dos quais decisivos: foi assim frente à Bósnia, no play-off de apuramento para o Mundial, bem como na Albânia, onde
marcou o golo da vitória já nos descontos.
Mundialistas com mais internacionalizações
Simão 85
Cristiano Ronaldo 76
Deco 75
Ricardo Carvalho 67
Paulo Ferreira 62
Miguel 58
Tiago 55
Raul Meireles 38
Bruno Alves 35
Hugo Almeida 28
agradou nada aos responsáveis da Federação, Carlos Queiroz incluído, pelo que se prepara uma alteração no dono da braçadeira da equipa das quinas.
O defesa portista, apesar de não ser um dos futebolistas com mais internacionalizações no grupo, é o preferido devido ao seu forte carácter e personalidade. Todos reconhecem a Bruno Alves uma mentalidade de vencedor e também uma influência positiva sobre os restantes futebolistas. Além disso, é um dos habitual capitães do FC Porto há três épocas - no entanto, só este ano, com a saída de Nuno Espírito Santo do plantel, é que se tornou no primeiro dono da braçadeira dos azuis e brancos.
Na base desta alteração estão as dificuldades de relacionamento de Ronaldo com os diversos elementos ligados à equipa, tanto colegas de equipa como até pessoas do staff técnico e logístico. Além disso, as declarações do número 7 logo após a eliminação frente à Espanha, em que indicava aos jornalistas para pedirem a Carlos Queiroz que explicasse os motivos da derrota de Portugal nos oitavos-de-final da prova que decorre na
África do Sul, também caíram muito mal dentro do grupo. O próprio Tiago, ainda na zona mista, admitiu que Ronaldo "não quis falar por estar chateado", mas acrescentou que "se o capitão não fala, falamos nós". E falou mesmo, como quase todos os futebolistas portugueses.
Logo após a "explosão" de Ronaldo na zona mista, que não foi minimizada pelo esclarecimento que o próprio deu ao sítio oficial da Gestifute, empresa que o representa, começaram a chover críticas. O magriço António Simões, que esteve ao lado da equipa na África do Sul, lembrou imediatamente que "um capitão tem responsabilidades acrescidas e sempre que presta declarações tem de ser coerente e consentâneo com o seu estatuto".
Luís Figo, capitão de equipa no último Mundial, também fez questão de lembrar que um verdadeiro
líder "deve sempre defender o grupo". "Não me interessa o que o Cristiano Ronaldo faz, interessa-me a imagem da Selecção e aquilo que faz. Obviamente, os meus critérios do que um capitão deve ser podem ser diferentes dos de algumas pessoas, mas um capitão deve sempre defender o grupo. Sobretudo nos momentos mais difíceis, deve sempre dar a cara pelo grupo", sublinhou o expoente máximo da Geração de Ouro do futebol português.
"Um capitão tem responsabilidades acrescidas e sempre que presta declarações tem de ser coerente e
consentâneo com o seu estatuto"
António Simões, antigo internacional
"Os meus critérios do que é um capitão podem
ser diferentes dos de algumas pessoas, mas um capitão deve
sempre defender o grupo"
Luís Figo, ex-capitão da Selecção
Nono mundialista com mais partidas pela selecção
Bruno Alves está ainda longe dos jogadores com mais internacionalizações por Portugal, um dos critérios normalmente utilizados para atribuir a braçadeira de capitão. O jogador, de 28 anos, soma 35 jogos com a camisola das quinas, o que o coloca em nono lugar entre os futebolistas que estiveram no Mundial. A estreia ocorreu pela mão de Scolari, num encontro particular disputado no Kuwait, a 5 de Junho de 2007. Depois disso tornou-se assíduo nas convocatórias, assumindo-se como titular com Carlos Queiroz, que optou por colocar Pepe como médio-defensivo. Nas 35 internacionalizações, Bruno Alves apontou cinco golos, alguns dos quais decisivos: foi assim frente à Bósnia, no play-off de apuramento para o Mundial, bem como na Albânia, onde
marcou o golo da vitória já nos descontos.
Mundialistas com mais internacionalizações
Simão 85
Cristiano Ronaldo 76
Deco 75
Ricardo Carvalho 67
Paulo Ferreira 62
Miguel 58
Tiago 55
Raul Meireles 38
Bruno Alves 35
Hugo Almeida 28