"Queremos continuar a ganhar"
Paulo Sérgio Mota, Paulinho no mundo do futebol, está a realizar uma excelente época ao serviço do Leixões Sport Club, apesar dos seus curtos 20 anos e de esta ser apenas a segunda temporada como sénior.
Antevendo a difícil deslocação ao terreno do Estoril, o jovem lateral diz ao leixoessc.pt que o objectivo passa por dar continuidade aos bons resultados obtidos pelo nosso Clube nas últimas jornadas.
LSC – Estava à espera de fazer tantos jogos esta temporada?
Paulinho – O objectivo de qualquer jogador passa sempre por disputar o maior número de jogos possível. Felizmente, este ano, as coisas estão a correr bem e tenho jogado com grande regularidade. Mas sei que tenho de continuar a trabalhar nos limites para que o treinador mantenha a aposta em mim. No futebol, nunca se pode relaxar, pois isso pode significar a perda de oportunidades.
LSC – Está no segundo ano de sénior. Já está adaptado às exigências da alta competição? É difícil a transição da formação para o futebol profissional?
P – Há muitas diferenças entre os escalões de formação e o futebol profissional, essencialmente ao nível da exigência de que falou. Num plantel profissional, o nível dos jogadores é mais alto e mais equilibrado e é preciso trabalhar no duro todos os dias para se conseguir jogar. A época passada, no primeiro ano de sénior, foi uma espécie de estágio. Estar inserido num grupo de trabalho com jogadores experientes e de qualidade obriga a que se esteja atento, sempre pronto a recolher ensinamentos, porque é com os mais velhos que se aprende muita coisa. No futebol, a experiência conta muito. E o Leixões tem jogadores muito experientes e de grande nível, com os quais tenho muita coisa a aprender.
LSC – Foi chamado várias vezes para trabalhar nos escalões jovens da selecção nacional (sub16, sub17 e sub20). Representar os sub21 é um dos seus objectivos?
P – Tal como a maioria dos jogadores, eu também acalento o sonho de representar a minha selecção. Não escondo que gostaria de jogar pelos sub21, mas isso não depende só de mim. Pela minha parte, o que tenho de fazer é continuar a dar o máximo pelo Leixões para continuar a jogar com regularidade, sem pensar na selecção como uma obsessão. Se estiver em boa forma, pode ser que chame a atenção dos técnicos da FPF e seja convocado. Obviamente que ficaria muito feliz se isso acontecesse. Mas se não acontecer, não vou ficar a lamentar-me por isso. Há tantos jogadores de qualidade que nunca foram chamados, nem nos escalões jovens.
LSC – Vem aí um jogo complicado, no terreno do líder da Liga Orangina. Que Leixões vamos ter na Amoreira?P – Vamos ter o Leixões de sempre, aguerrido e pronto a lutar pelos três pontos, como acontece em qualquer campo em que joguemos. Neste Clube não se pensa noutra coisa que não vencer domingo a domingo. A longa e rica história do Leixões a isso o obriga. Tal como a exigência e dedicação dos adeptos. Quem representa o Leixões tem de perceber que precisa de dar tudo a cada 90 minutos para não desiludir quem sofre pelo Clube e tantos sacrifícios faz para acompanhar e apoiar a Equipa.
LSC – O Leixões atravessa uma fase positiva. Mas o Estoril tem sido muito regular e sofre poucos golos. Quem é mais favorito?
P – Acho que num jogo destes o favoritismo é sempre de quem joga em casa. Para além do mais, o Estoril é um candidato assumido à subida de divisão e investiu muito para ficar nos dois primeiros lugares. Por isso digo que é mais favorito. Mas o Leixões, apesar de apenas ser candidato a vencer os jogos que disputa, não se intimida com o poderio dos adversários e vai jogar com o objectivo de sempre. Para além do mais, queremos dar continuidade aos bons resultados que temos conseguido. Ou seja, queremos continuar a ganhar. Saímos bem de 2011 e queremos entrar bem em 2012.
http://www.leixoessc.pt/index.php?page=paginas/modelos/noticia.php¬iciaId=2848