Novo dono do Leixões é um lutador profissional de artes marciais
Desde Frankfurt, na Alemanha, onde está a tratar de assuntos da sua empresa, J Winners, inclusive relacionados com o Leixões e o reforço do plantel, Jaime Marcelo Conceição abre o coração, em entrevista exclusiva ao JN. Natural de Campinas, o novo líder da SAD é lutador profissional de MMA (artes marciais mistas), palestrante e já escreveu três livros sobre motivação. Agora, segue-se o desafio no Mar.
Desporto
Os leixonenses estão ansiosos por perceber quem é o novo dono do Leixões...
Dono é uma palavra forte, não gosto. Adquiri 56% das ações que pertenciam ao senhor Carlos Oliveira, mas costumo dizer que sou dono da minha empresa, a J Winners, e apenas me tornei acionista. Os donos do Leixões serão sempre os sócios. São esses que amam o clube e entram nas brigas no bairro.
Confirma que se trata de um negócio de quatro milhões?
Não me sinto à vontade para falar sobre esses detalhes, porque não sou só eu e a minha empresa que estamos envolvidos. Há o senhor Carlos Oliveira, que se tornou num grande amigo, e outras parcerias.
À entrada da nova administração associou-se o regresso à Liga. Acredita na subida ainda nesta época?
Sim, sem dúvida. Como dizia Charles Chaplin, as grandes proezas do homem foram conquistadas do que parecia ser impossível. O Leixões tem 107 anos e a sua marca tem de ser reconhecida internacionalmente. Os adeptos são apaixonados e o clube tem um potencial imenso.
Mas é preciso dinheiro para estabilizar o clube e reforçar o plantel...
A minha empresa tem suporte adequado, bons parceiros, mas, naturalmente, também queremos que o clube se torne rentável. Vamos montar um forte departamento de marketing.
Que mudanças haverá nesse setor?
A Carla Dualib, que trabalha com o Corinthians, vai estar à frente do departamento, juntamente com o Marcos Braga.
Já saiu o Valente para o V. Guimarães, regressa o Roberto Sousa, chega o Caio, o Bruno Lamas... Quantas mudanças irão haver?
A negociação do Valente foi anterior à nossa chegada. Até ficámos constrangidos, porque os adeptos podiam pensar que chegámos e vendemos o melhor marcador. Mas não foi isso. O Leixões tem pessoas que têm batalhado para que o clube cresça. Muitas vezes as pessoas reclamam do que não têm, mas não agradecem o que têm. Nunca me iria achar no direito de substituir as pessoas que têm suado a camisola. A ideia é que a minha equipa de trabalho dê ainda mais força e determinação à atual estrutura, à Sílvia Carvalho, ao Nuno [diretor desportivo]...
Vão acabar os salários em atraso no Leixões?
Estamos a entrar em parceria para ajudar o clube. Vamos trabalhar para a instituição ser autossuficiente. Nesse aspeto, Carlos Oliveira fez um trabalho brilhante.
Quem vai estar com o plantel a dar a cara, o seu sócio Carlos Rodella?
Não tenho sócios, administro a empresa sozinho, mas na minha equipa estão profissionais altamente qualificados. Carlos Rodella participou em todas as fases do projeto e está envolvido, mas qualquer assunto, envolvendo a J Winners, passará por mim.
Gostou do que viu na vitória (2-1) com o União?
Foi o terceiro jogo a que assisti e uma das coisas que me cativa é a raça dos jogadores. Acredito que há sempre coisas a melhorar, mas a atitude do elenco é fantástica.
Quando regressa a Portugal?
Devo voltar a 3 de janeiro, com o Roberto Sousa. Ele será apresentado em conferência nesse dia e apresentado aos adeptos no dia seguinte.
Três livros publicados
A vida de Jaime Marcelo dá um livro. Aliás, já deu três, um deles intitulado "Eu venci a depressão", depois da morte de um irmão, e o quarto será publicado no primeiro trimestre de 2015. No Brasil, ganhou a fama de "fanfarrão", depois de um combate com Armando Polémico. Alguns comentadores colocaram em causa o seu palmarés e um alegado patrocínio da Ferrari.
Foi apelidado de fanfarrão. Quer explicar?
Criaram essas polémicas por desavenças pessoais. O que posso dizer é que um fanfarrão não viaja pelo Mundo inteiro e não tem acesso a coisas que tenho. Sou um lutador profissional, que se tornou num empresário. Sou casado, tenho cinco filhos, três filhas são adotadas, e, entretanto, surgiram mais dois afilhados [sorriso]. No meu coração, cabe toda a gente.
Não receia que esse rótulo manche a sua imagem?
Muita gente me atirou limões e eu fiz uma limonada. Não adianta ser eu a falar de mim. Só peço aos portugueses que me avaliem pelas atitudes e comportamentos que vou ter. Esse assunto da luta está por terminar. O rapazinho anda a fugir de mim há dois anos, mas em abril de 2015 vamos reencontrar-nos. É uma questão pessoal.
fonte: Notícias ao Minuto
Desde Frankfurt, na Alemanha, onde está a tratar de assuntos da sua empresa, J Winners, inclusive relacionados com o Leixões e o reforço do plantel, Jaime Marcelo Conceição abre o coração, em entrevista exclusiva ao JN. Natural de Campinas, o novo líder da SAD é lutador profissional de MMA (artes marciais mistas), palestrante e já escreveu três livros sobre motivação. Agora, segue-se o desafio no Mar.
Desporto
Os leixonenses estão ansiosos por perceber quem é o novo dono do Leixões...
Dono é uma palavra forte, não gosto. Adquiri 56% das ações que pertenciam ao senhor Carlos Oliveira, mas costumo dizer que sou dono da minha empresa, a J Winners, e apenas me tornei acionista. Os donos do Leixões serão sempre os sócios. São esses que amam o clube e entram nas brigas no bairro.
Confirma que se trata de um negócio de quatro milhões?
Não me sinto à vontade para falar sobre esses detalhes, porque não sou só eu e a minha empresa que estamos envolvidos. Há o senhor Carlos Oliveira, que se tornou num grande amigo, e outras parcerias.
À entrada da nova administração associou-se o regresso à Liga. Acredita na subida ainda nesta época?
Sim, sem dúvida. Como dizia Charles Chaplin, as grandes proezas do homem foram conquistadas do que parecia ser impossível. O Leixões tem 107 anos e a sua marca tem de ser reconhecida internacionalmente. Os adeptos são apaixonados e o clube tem um potencial imenso.
Mas é preciso dinheiro para estabilizar o clube e reforçar o plantel...
A minha empresa tem suporte adequado, bons parceiros, mas, naturalmente, também queremos que o clube se torne rentável. Vamos montar um forte departamento de marketing.
Que mudanças haverá nesse setor?
A Carla Dualib, que trabalha com o Corinthians, vai estar à frente do departamento, juntamente com o Marcos Braga.
Já saiu o Valente para o V. Guimarães, regressa o Roberto Sousa, chega o Caio, o Bruno Lamas... Quantas mudanças irão haver?
A negociação do Valente foi anterior à nossa chegada. Até ficámos constrangidos, porque os adeptos podiam pensar que chegámos e vendemos o melhor marcador. Mas não foi isso. O Leixões tem pessoas que têm batalhado para que o clube cresça. Muitas vezes as pessoas reclamam do que não têm, mas não agradecem o que têm. Nunca me iria achar no direito de substituir as pessoas que têm suado a camisola. A ideia é que a minha equipa de trabalho dê ainda mais força e determinação à atual estrutura, à Sílvia Carvalho, ao Nuno [diretor desportivo]...
Vão acabar os salários em atraso no Leixões?
Estamos a entrar em parceria para ajudar o clube. Vamos trabalhar para a instituição ser autossuficiente. Nesse aspeto, Carlos Oliveira fez um trabalho brilhante.
Quem vai estar com o plantel a dar a cara, o seu sócio Carlos Rodella?
Não tenho sócios, administro a empresa sozinho, mas na minha equipa estão profissionais altamente qualificados. Carlos Rodella participou em todas as fases do projeto e está envolvido, mas qualquer assunto, envolvendo a J Winners, passará por mim.
Gostou do que viu na vitória (2-1) com o União?
Foi o terceiro jogo a que assisti e uma das coisas que me cativa é a raça dos jogadores. Acredito que há sempre coisas a melhorar, mas a atitude do elenco é fantástica.
Quando regressa a Portugal?
Devo voltar a 3 de janeiro, com o Roberto Sousa. Ele será apresentado em conferência nesse dia e apresentado aos adeptos no dia seguinte.
Três livros publicados
A vida de Jaime Marcelo dá um livro. Aliás, já deu três, um deles intitulado "Eu venci a depressão", depois da morte de um irmão, e o quarto será publicado no primeiro trimestre de 2015. No Brasil, ganhou a fama de "fanfarrão", depois de um combate com Armando Polémico. Alguns comentadores colocaram em causa o seu palmarés e um alegado patrocínio da Ferrari.
Foi apelidado de fanfarrão. Quer explicar?
Criaram essas polémicas por desavenças pessoais. O que posso dizer é que um fanfarrão não viaja pelo Mundo inteiro e não tem acesso a coisas que tenho. Sou um lutador profissional, que se tornou num empresário. Sou casado, tenho cinco filhos, três filhas são adotadas, e, entretanto, surgiram mais dois afilhados [sorriso]. No meu coração, cabe toda a gente.
Não receia que esse rótulo manche a sua imagem?
Muita gente me atirou limões e eu fiz uma limonada. Não adianta ser eu a falar de mim. Só peço aos portugueses que me avaliem pelas atitudes e comportamentos que vou ter. Esse assunto da luta está por terminar. O rapazinho anda a fugir de mim há dois anos, mas em abril de 2015 vamos reencontrar-nos. É uma questão pessoal.
fonte: Notícias ao Minuto