Um pouco de História sobre a nossa Cidade 20070829141208200211

A povoação é anterior à fundação da nacionalidade portuguesa, pois já existia no ano de 900, chamando-se Matesinus.


Em 1258, figurou com o nome de Matusiny nas inquirições de D. Afonso III. Pertencia, na altura, à freguesia de Sandim.
D. Manuel I concedeu-lhe foral em 30.9.1514.


Em 1833 foi criado o concelho de Bouças, ficando nele incluídas as freguesias de Matosinhos e Leça da Palmeira, entre outras.
A vila de Matosinhos, constituída pelas freguesias de Matosinhos e de Leça, foi criada em 1853.


Em 1867 foi criado o concelho de Matosinhos, voltando à organização anterior vinte dias depois.
Em
1909 dirigiu-se um pedido ao governo para ser criado em definitivo o
concelho de Matosinhos, por este lugar ser mais importante que o de
Bouças.


Desta forma, o concelho de Matosinhos foi criado definitivamente em 6 de Maio de 1909.
O
concelho de Matosinhos é um dos mais importantes do país e a cidade das
maiores e mais progressivas. Foi elevada a cidade em 28 de Maio de
1984.


Os mais antigos vestígios da acção humana
neste território (vários instrumentos lítios talhados, atribuíveis ao
Paleolítico) possuirão alguns milhares de anos e foram recolhidos em
praias antigas e actuais, nomeadamente na Boa Nova. A fixação das
gentes a estas terras ter-se-á iniciado há cerca de 5000 anos, durante
o Neolítico, tendo chegado até aos nossos dias ténues vestígios dos
monumentos funerários dessa época: as antas. Em Antela, Perafita,
Guifões e S. Gens localizar-se-iam importantes núcleos destes
monumentos. Nos finais da Idade do Bronze, à semelhança do resto do Nordeste
Peninsular vai expandir-se um novo tipo de habitat proto-urbano de
altitude (os castros), associado a uma cultura de características
próprias e que perdurará durante toda a Idade do Ferro. Ainda hoje são
significativos os vestígios de castros existentes no concelho,
destacando-se pela sua área e espólio já recolhido o de Guifões.
A chegada dos romanos, há cerca de 2000 anos, vai provocar profundas
alterações estruturais. A abertura de vias (como a estrada
Cale-Bracara) e a construção de pontes (como a Ponte da Pedra) fazem
parte duma política generalizada de desenvolvimento das comunicações e
do comércio, associada à Pax Romana. O estuário do Leça e a zona de
Lavra terão sido, neste contexto, os locais mais romanizados, bem
atestados nesta última por vestígios de uma villae e de estruturas de
produção de garum e de sal.
Na Alta Idade Média este território foi marcado pelo Mosteiro de
Bouças, cuja fundação é anterior à nacionalidade. Foi ele que fez
desenvolver todo o aglomerado populacional que encabeçaria a divisão
administrativa do Julgado de Bouças que está na base do actual concelho
de Matosinhos. Outro importante monumento medieval é o Mosteiro de Leça
do Balio que resultou da ampliação de uma antiga edificação e que viria
a ser a primitiva sede em Portugal da ordem dos Cavaleiros
Hospitalários.
No século XVI, com carta de foral atribuída em 1514 por D. Manuel I,
assumindo-se como um importante centro produtor agro-pecuário e sede de
ricas propriedades, Matosinhos torna-se um dos principais pólos
abastecedores do Porto numa altura em que freguesias como Ramalde, Foz
e Aldoar ainda faziam parte do seu território.
É neste século que se constrói a actual Igreja de Matosinhos e para
onde se transfere a antiga imagem do Bom Jesus até então depositada no
Mosteiro de Bouças. A crescente importância deste culto levará, dois
séculos mais tarde, a uma profunda remodelação do templo efectuada pelo
arquitecto italiano Nicolau Nasoni. A este arquitecto são também
atribuídas importantes obras nas quintas do Chantre (Leça do Balio) e
do Bispo (Santa Cruz do Bispo).
Mas o concelho é fruto também da sua abertura ao mar. Por ele
partiram muitos mareantes na época dos descobrimentos. Por ele veio o
exército comandado por D. Pedro e que desembarcando em Arnosa-Pampelido
implantou definitivamente o liberalismo em Portugal. Por ele chegou,
mais recentemente, uma importante comunidade piscatória.
A necessidade de um porto de abrigo, primeiro, e um arrojado
projecto de desenvolvimento económico-portuário depois, levou em finais
do século XIX à construção do Porto de Leixões. Era o início de um
processo de transformação nítido em todo o desenvolvimento urbanístico
e industrial da cidade de Matosinhos, onde a indústria conserveira
desempenhou verdadeiro papel de líder.
Tendo crescido de 25 para 167 mil habitantes entre 1900 e 2001,
Matosinhos é hoje um concelho de grandes projectos apostando no futuro.
História da Cidade



Cidade de Matosinhos

A cidade de Matosinhos está situada nas margens esquerda e direita do Rio Leça, à beira mar e a 8 km do centro do Porto.
Segundo rezam os cronistas, já no séc. XI existia uma modesta povoação designada por "Matesinus".
Em 1514 foi-lhe concedido foral por D. Manuel I, o "Venturoso", e foi
elevada à categoria de Vila por deliberação de D. Maria I em 1583.
Matosinhos foi elevada a cidade em 28 de Junho de 1984 (Lei 10/84 - Diário da República 148).
Caracterização do Concelho
O Concelho de Matosinhos pertence à Província do Douro Litoral e ao
Distrito do Porto. Confronta a Sul com o Concelho do Porto, a Norte com
o Concelho de Vila do Conde e a Nascente com o Concelho da Maia.
Com
uma área de 62.3 km2, o concelho de Matosinhos corresponde a cerca de
8% do território da Área Metropolitana do Porto (AMP).
Administrativamente está dividido em 10 freguesias urbanas: Matosinhos,
Senhora da Hora, S. Mamede de Infesta, Leça do Balio, Custóias,
Guifões, Leça da Palmeira, Perafita, Santa Cruz do Bispo e Lavra.
Neste
concelho, o terceiro mais populoso da AMP residiam até à data do último
recenseamento (1991), 151 682 indivíduos, isto é, cerca de 13% da
população residente naquela Área Metropolitana. A densidade
populacional do concelho é de 2 456 habitantes/km2, consideravelmente
superior à densidade populacional da AMP de 1 532 habitantes/Km2. Esta
expressão demográfica entende-se pelo dinamismo de base económica
concelhia e pela construção de numerosas Cooperativas de Habitação que
se instalaram no concelho.
Na distribuição da população por sectores
de actividade, segundo os dados dos Censos 91, o sector dominante é o
terciário, com cerca de 52.9% da população activa, seguido do sector
secundário (45.2%), sendo o sector primário relativamente
insignificante (2%).
No conjunto da actividade industrial, as mais
de 500 unidades industriais em sectores muito diversificados fazem de
Matosinhos um dos mais industrializados Concelhos do País.
A sua
extensa relação com o mar, a Ocidente, marcou definitivamente o
Concelho, daí a natural criação de infra-estruturas que actuam como
vectores fulcrais no desenvolvimento de uma região - o Porto de
Leixões, segundo maior nacional, o Terminal TIR do Freixieiro por onde
passa grande parte das importações do País, para além da Exponor,
Parque de Exposições do Norte e Centro de Congressos e da proximidade
do Aeroporto Dr. Francisco Sá Carneiro.
O Concelho de Matosinhos conta hoje com símbolos urbanísticos e
arquitectónicos de grande significado, da autoria de arquitectos de à
escala mundial, como Álvaro Siza Vieira, Alcino Soutinho, Fernando
Távora e Souto Moura.
Bandeiras, Armas e Selo
Bandeira - De cor verde, com cordões e borlas de
prata e de verde também. A lança e a haste de oiro. A bandeira de seda,
para cortejos e outras cerimónias, deve ter uma área de um metro
quadrado.
Armas - De prata, com sete faixas ondeadas de verde
e três golfinhos de negro, realçadas de oiro. Coroa mural de prata, de
cinco torres, listel branco, com dizeres a preto.
Selo - Deve ser circular, tendo ao centro as peças
heráldicas que constituem as armas, sem indicação dos esmaltes. Em
volta dentro dos círculos concêntricos, os dizeres: "Câmara Municipal
de Matosinhos".