Em grande! O Leixões está apurado para a fase de grupos da Taça CTT, depois de ter eliminado hoje o Académico de Viseu (5-4 nas grandes penalidades, 1-1 no tempo regulamentar), repetindo o que conseguiu em 2009/10 e em 2013/14.
A qualificação de hoje foi sofrida mas inteiramente merecida e o jogo nem sequer devia ter chegado ao desempate por penáltis, porque o Leixões foi superior ao Académico de Viseu, exceção feita aos minutos iniciais da partida.
Mas o que interessa é que nos qualificámos para a terceira fase da prova e regressámos às alegrias, o que também já merecíamos há muito – o azar não podia perseguir-nos eternamente e a maré tinha de mudar!
O jogo foi impróprio para cardíacos e obrigou os nossos jogadores a jogar no limite, pois o Académico marcou primeiro - penálti duvidoso (mais um) de Malafaia sobre Bruno Carvalho – já na segunda parte.
Antes disso, no primeiro tempo, apesar de os visitantes terem entrado melhor, as melhores ocasiões foram nossas e em dois minutos podíamos ter aberto o ativo: Max acertou na barra, de cabeça, a livre de Rateira (42’) e, logo a seguir, Ricardo Barros cabeceou ao lado, a passe de Bruno Lamas, isoladíssimo no coração da área.
Na metade complementar, o golo visiense surgiu contra a corrente do jogo, mas ninguém baixou os braços na busca da felicidade.
E acabámos justamente premiados, depois de dois lances duvidosos na área do Académico (Pedras, 60’, e Ricardo Barros, 64’), com uma substituição felicíssima de Manuel Monteiro: o chinês Guo Yi entrou e dez segundos depois fez o empate, de cabeça, a passe de Pedras, também ele saído do banco de suplentes.
Com tudo em aberto de novo, o Leixões não descansou e partiu em busca do tento que decidiria a eliminatória sem necessidade de se recorrer à lotaria das grandes penalidades para se encontrar a equipa que seguiria em frente na competição.
Já nos descontos, Pedras arrancou um tiraço de fora da área que o guarda-redes contrário desviou a custo para canto e, na sequência, Cadinha arrancou outro disparo frontal que fez a bola passar muito perto do alvo.
Em vão, foram precisos os penáltis para que os adeptos (pouco mais de meio milhar, confirmando o problema dos jogos às quarta-feiras) e todo o universo Leixonense pudessem festejar.
O primeiro pontapé coube aos visitantes e Bruno Carvalho (que havia feito o 1-0) assustou-se com Ricardo Moura, atirando para fora; Cadinha fez o 1-0, Kiko igualou e Pedras permitiu uma defesa feliz a Ruca, que desviou a bola para o poste, deixando tudo igual outra vez. Até aos 4-4 todos marcaram (Bruno Lamas, Gonçalo Graça e Ricardo Barros pelo Leixões), surgindo então o momento da tarde com Ricardo Moura a parar o tiro de Tiago Costa e deixar tudo nos pés do recém-chegado Tandjigora.
O internacional gabonês não vacilou e colocou o Leixões (que já havia eliminado o Mafra na primeira ronda) na etapa seguinte da Taça CTT, uma fase em que 16 equipas, incluindo os três grandes do futebol português, estarão divididas em quatro grupos na luta pelo acesso às meias-finais da competição – três jornadas no final de Dezembro e Janeiro de 2016.
Resolvido este assunto, o Leixões vira-se já para outro igualmente de taça mas de Portugal, o troféu que conquistámos em 1960/61: no domingo, vamos ao Pinhal Novo, defrontar o Pinhalnovense, na segunda eliminatória da festa do futebol.
Mais um jogo para ganhar e recuperar o ânimo para a Segunda Liga, prova que regressa apenas a 3 de outubro, com uma receção ao Gil Vicente.
Vamos, Leixões! Por tudo o que tens feito, mereces ser feliz! |